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Analistas dizem ao BC que inflação verdadeira supera 6%

Economistas estiveram reunidos na segunda com diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, em São Paulo

Por Da Redação
21 Maio 2013, 09h37

Os indicadores de inflação até poderão desacelerar nas variações mensais no resto deste ano, mas o resultado final será um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em torno de 6%. É o que disseram na segunda-feira ao diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, analistas que participaram da segunda das três reuniões trimestrais que o diretor faz com representantes de instituições em São Paulo.

Segundo um economista que participou da reunião, Hamilton ouviu ainda dos analistas que os 6% previstos para este ano não são a inflação verdadeira do país, já que, se não fossem as desonerações na economia, o IPCA poderia fechar acima do teto da meta da inflação, de 6,5%. “A cabeça das pessoas, pelo menos as que participaram da mesma reunião em que eu estava, é de que a dinâmica da inflação continua muito ruim”, disse a fonte.

Outro profissional que também participou do segundo encontro com o diretor do BC relatou que o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano deverá crescer de 2,5% a 3%. Para a fonte, a combinação de baixo crescimento com inflação elevada tem alimentado de incertezas a avaliação dos agentes econômicos internacionais em relação aos rumos da economia nacional. “No cenário externo, está todo mundo desconfiado com a dinâmica de inflação no Brasil”, disse o analista.

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Hamilton manteve ainda na segunda-feira com analistas o terceiro e último encontro do dia. Essa reunião deixou transparecer um sentimento de conformismo dos profissionais com os rumos da economia, em especial com a inflação. É o que disse um dos participantes do encontro. “Apesar de as previsões apontarem para um IPCA encerrando o ano em torno de 5,8%, 5,9%, o tom das conversas desta vez foi mais tranquilo, diferente do que se viu nas reuniões anteriores, em que o tom era de quase cobrança do BC”, disse o economista. “Eu acho que a palavra mais correta para classificar o comportamento dos analistas é conformismo.”

Os analistas teriam concordado com a previsão de que a inflação dos alimentos e dos serviços deverá ceder no resto do ano. “Pelo que meus colegas diziam, os próximos trimestres terão taxas menores de inflação.” Porém, eles demonstraram preocupação com o elevado nível de consumo e com a inadimplência. Sobre a evolução do PIB, o economista relatou que a maioria compartilha da opinião de que o crescimento previsto de cerca de 1% no primeiro trimestre será o pico do ano. Para os próximos trimestres, as previsões são de que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá de 0,7% a 0,8%.

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Essas reuniões são realizadas a cada três meses e são usadas pelo Banco Central (BC) para colher a percepção do mercado financeiro em relação à atividade, inflação e cenário externo. As informações ajudam a autoridade monetária na confecção do Relatório Trimestral de Inflação. O próximo documento, referente ao trimestre encerrado em junho, será divulgado no dia 29. Nesta terça-feira, Hamilton se reúne com analistas do mercado financeiro do Rio.

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(com Estadão Conteúdo)

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