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Paulo Vitor, herói do título do Santos: 'Parece que estou vivendo um sonho'

Desconhecido antes da final, goleiro vira celebridade em menos de 24 horas

Por Rio de Janeiro

Herói do título do Santos na Liga Futsal, o goleiro Paulo Vitor viveu um dia muito especial, nesta quarta-feira. Antes desconhecido, o atleta de 26 anos virou ídolo da torcida santista por ter defendido dois pênaltis na decisão (veja todas as cobranças no vídeo abaixo), contra o Carlos Barbosa. Mesmo sem ter atuado em nenhuma partida antes da final, Paulo Vitor - que recebeu este nome por conta da admiração do seu pai ao ex-goleiro do Fluminense e da Seleção Brasileira - tem a consciência de que entrou para a história do Santos, seu clube de coração.

Paulo Vitor defende pênalti e Santos é campeão da Liga Futsal (Foto: Ivan Storti/Santos FC)Paulo Vitor defende o pênalti que deu o título ao Santos: 'Emoção única' (Foto: Ivan Storti/Santos FC)

Natural de Natal (RN), Paulo Vitor passou pelas categorias de base do futebol do Santos antes de ingressar no futsal. Depois de rodar por alguns clubes, chegou ao Macaé em 2007, quando disputou sua primeira Liga Futsal. No ano seguinte, foi para o RCG Garça (SP) e de lá para o rival São Paulo, em 2010. No início deste ano, veio a proposta para retornar ao clube do coração.

- O Santos sempre foi a minha grande paixão. Nasci no Rio Grande do Norte, mas vim para o litoral paulista ainda pequeno. Aprendi a admirar o clube desde cedo e parece que estou vivendo um sonho ao ver tudo o que aconteceu nesta terça-feira - afirmou Paulo Vitor, que virou celebridade em Santos (SP) da noite para o dia.

- Ainda não caiu a ficha. Em menos de 24 horas, virei uma pessoa conhecida, muitos me pararam na rua, dei entrevistas o dia inteiro. Não sei o que vai ser do futuro, mas estou muito feliz - admitiu o goleiro.

Segundo Paulo Vitor, o técnico santista Fernando Ferreti vinha o preparando para uma eventual disputa de pênaltis. Com o titular Djony em grande momento, uma decisão em penalidades seria a única esperança de a estrela do reserva brilhar. E foi o que aconteceu na noite desta terça-feira, na Arena Santos.

- Estava muito preparado para aquele momento, mas não nego que fiquei ansioso. Era muita responsabilidade defender o gol do Santos, que buscava um título inédito. Com os minutos da prorrogação correndo, eu ficava mais tenso. Porém, na hora das cobranças, consegui me concentrar e fazer duas defesas. Foi um momento especial - disse.

Paulo Vitor, goleiro de futsal do Santos, na infância (Foto: Reprodução Facebook)Goleiro atuou nas categorias de base do futebol do
Santos, nos anos 90 (Foto: Reprodução Facebook)

Paulo Vitor conta que o seu nome é uma homenagem ao goleiro que fez história com a camisa do Fluminense nos anos 80. Apesar de não ser de família tricolor, o atleta conta que o seu pai tinha grande admiração pelo ex-camisa 1 das Laranjeiras.

- A admiração cresceu quando o Paulo Vitor foi convocado para a Seleção Brasileira. O meu nome, inicialmente, seria João Vitor. Mas meus pais resolveram mudar logo depois que saiu a convocação dele - contou.

Adaptado à vida em Santos, o herói do título acredita que terá um 2012 muito melhor. Sem ter jogado uma vez sequer na Liga Futsal 2011, antes da disputa de pênaltis que decidiu a competição, ele espera brigar pela titularidade na próxima temporada.

- Sei que o Djony está muito bem, só que um atleta tem que buscar sempre a titularidade. Independente de tudo, o ambiente aqui no Santos é muito bom e buscar um lugar entre os titulares é a minha primeira meta para o próximo anos.

Casado, Paulo Vitor é pai de Kauan, de apenas seis anos, atleta do sub-7 do Santos. Muito apegado à família, o goleiro espera um dia sentir o mesmo que o seu pai sentiu na noite desta terça-feira.

Paulo Vitor defende pênalti e Santos é campeão da Liga Futsal (Foto: Ivan Storti/Santos FC)Paulo Vitor explode de emoção após garantir o inédito título do Peixe (Foto: Ivan Storti/Santos FC)

- Meu pai foi à Arena Santos assistir à decisão, enquanto a minha mãe preferiu ficar em casa por ficar muito nervosa. No momento do título, ele chorou muito. Depois, nos encontramos e ele ainda estava muito emocionado. Quem sabe, no futuro, não sou eu que estou entrando em quadra para parabenizar o Kauan? - finalizou.